Com as eleições autárquicas cada vez mais próximas são muitos os argumentos trocados entre os diversos partidos. É do conhecimento público que Santo Tirso tem dos valores de água e de saneamento mais caros do país.
“Sabias que Santo Tirso cobra 265,27€ por ano pelo abastecimento de 120 m3 de água? Se acrescentarmos o saneamento, no final do ano acresce 166,24€. Ao somarmos os resíduos sólidos urbanos, cuja cobrança consta da fatura da água, acrescentam-se 83,16€. Ou seja, um total de mais de 500€ anuais. Este preço é o 2.º mais elevado dos 17 municípios que compõem a Área Metropolitana do Porto”, refere o Bloco de Esquerda nas redes sociais.
No passado mês de dezembro, Alberto Costa, Presidente da Câmara Municipal de Santo Tirso, anunciou a rescisão do contrato da concessão da água pública com a INDAQUA: “Não me podia resignar com a situação de injustiça de que está a ser vítima a população do concelho, obrigada a pagar a água mais cara do país”, afirmou Alberto Costa. A solução encontrada por Alberto Costa passava, no final do ano passado, por resgatar a concessão à INDAQUA e criar uma empresa municipal, decisão baseada num estudo que custou “milhares de euros”, segundo informou na altura a oposição.
O Bloco de Esquerda não deixa passar este assunto em claro e agora que é certo que a rescisão anunciada por Alberto Costa sofreu um revés, tem insistido no assunto: “Estes gastos excessivos não contribuem para a fixação de novos residentes em Santo Tirso, pelo que é urgente melhorar a eficiência dos serviços e insistir na municipalização da distribuição da água”.
É a primeira vez que o Bloco de Esquerda apresentou candidaturas em Santo Tirso, Ana Isabel Silva é a candidata à Câmara Municipal e António Soares candidato à Assembleia Municipal. Relativamente às freguesias o Bloco de Esquerda tem candidaturas em Santo Tirso, Couto (S. Cristina e S. Miguel) e Burgães, em Vila Nova do Campo, em Além Rio e em Vila das Aves sendo os candidatos Paulo Oliveira, João Rompante, Berta Soares e Tatiana Vilas Boas respetivamente.