O Bloco de Esquerda de Santo Tirso reuniu-se hoje na Praça 25 de Abril para homenagear Rosinda Teixeira, vitima de um atentado bombista. No dia 21 de maio de 1976 Santo Tirso viveu um dos mais brutais crimes praticados pela rede bombista da extrema-direita que atuou em Portugal entre meados de 1975 e o início de 1977.
Na homenagem estiveram presentes os elementos da Concelhia do Bloco de Esquerda de Santo Tirso, liderado por Ana Isabel Silva e o filho de Rosinda Teixeira, Nelson Teixeira.
O Bloco de Esquerda reivindica um memorial evocativo das vítimas de atentados nos anos 70 no centro de Santo Tirso, comprometendo-se a fazer uma petição nesse sentido.
Faz hoje 45 anos que a casa de Rosinda Teixeira explodiu, provocando a sua morte com 42 anos de idade e ferimentos graves no marido que foi salvo precisamente pelo filho Nelson Teixeira que esteve hoje presente.
Nelson Teixeira mostrou o seu contentamento por esta ação, salientando esta lembrança por parte de um grupo de jovens como são os elementos do Bloco de Esquerda de Santo Tirso. Referiu que a realização de um memorial em nome das vítimas seria um importante reconhecimento político sobre os acontecimentos daquela época e manteria viva a lembrança dos acontecimentos fatídicos daquela altura.
Ana Isabel Silva não aceita “o silêncio que hoje paira em Santo Tirso sobre as vítimas da rede bombista”. A candidata do Bloco à Câmara Municipal questiona porque motivo não existe no “centro de Santo Tirso um memorial de Rosinda Teixeira”. Para a bloquista de Santo Tirso agora é o tempo do concelho ficar “finalmente liberto da influência das ideias do regime salazarista”, desejando que Santo Tirso seja uma “terra de liberdade e progresso”.