O Diário de Santo Tirso esteve à conversa com membros do Bloco de Esquerda (BE) de Santo Tirso, João Rompante (esquerda), Ana Isabel Silva (centro) e Paulo Oliveira (direita) no sentido de perceber as consequências que um novo estado de emergência e um novo confinamento podem trazer para a vida dos tirsenses, das famílias, das empresas e da economia local.
Ana Isabel Silva, Presidente da Concelhia do Bloco de Esquerda de Santo Tirso mostra preocupação que as pessoas se revoltem contra o segundo confinamento geral que está prestes a começar. Ana Isabel refere que o Bloco percebe a necessidade de um novo confinamento pois o aumento de casos que se tem verificado nos últimos dias provocará uma rutura no serviço nacional de saúde, no entanto defende um confinamento com mais apoios e que esses apoios cheguem em tempo útil.
A líder do BE de Santo Tirso indica que após pesquisa efetuada verificou que Portugal é o quarto país com menos apoios da União Europeia tanto a famílias como a empresas. Contrastando com essa falta de apoios no entanto somos os campeões dos empréstimos e dos adiamentos de pagamentos e contribuições para a segurança social.
Paulo Oliveira diz que o Governo está a poupar a pensar no futuro e mais uma vez está a sacrificar as pessoas não prestando os apoios necessários durante esta grave crise económica. As soluções encontradas para ajudar os portugueses foi o adiamento de pagamentos, empréstimos, tudo medidas que contribuem para o endividamento pessoal e que levará anos até uma recuperação financeira. Paulo Oliveira salienta que sem ajudas grande parte do pequeno comércio com este segundo confinamento provavelmente irá encerrar o que levará à desertificação do centro da cidade de Santo Tirso
João Rompante corrobora tudo o que foi dito acrescentando que as medidas que podem não ser tomadas agora e os apoios que podem não ser atribuídos no momento terá uma consequência imediata na vida das pessoas.
Ana Isabel Silva defende ainda que para além das ajudas que o governo possa prestar à população, a própria Câmara Municipal de Santo Tirso, que tem mais proximidade com o comércio local e com as famílias carenciadas deveria agir e criar apoios urgentes, de forma transparente, para preservar, as lojas históricas do concelho, e o restante comércio com a garantida de que fossem preservados os postos de trabalho.