O Café Del Rock funciona em Santo Tirso há 11 anos, tem neste momento cinco funcionários a trabalhar e está situado no Largo Coronel Baptista Coelho, também conhecido como a “Baixa Tirsense”. Uma zona de Santo Tirso muito frequentada no período noturno, principalmente às sextas e sábados.
O Diário de Santo Tirso esteve à conversa com Rogério Almeida, proprietário do espaço, para perceber como tem funcionado o seu negócio nesta altura de pandemia e de apertadas restrições impostas pelo governo a nível de horários.
Com o final do ano à vista e estando o café situado numa das zonas de maior diversão noturna em Santo Tirso, o dia 31 de dezembro seria um dia de comemoração e convívio na “Baixa Tirsense”. Segundo Rogério Almeida mais ao final da noite era habitual as pessoas virem para o Largo e comemorarem o novo ano, frequentavam todos os bares da rua, conversavam, dançavam, conviviam, era uma festa. Este ano com a limitação da circulação na via pública até as 23h00 não poderá haver nenhuma comemoração para a entrada do novo ano na rua.
Com a chegada da pandemia em março, o Café Del Rock esteve fechado entre o dia 13 de março e o dia 31 maio. Nesta altura o empresário recorreu ao lay off, medida criada pelo governo para apoiar os comerciantes no período que encerraram os estabelecimentos. Neste momento avalia em cerca de 50% as quebras de faturação do seu negócio este ano.
As restrições horárias impostas pelo governo são um grande entrave para a rentabilidade do negócio, o horário habitual do café é das 9h00 às 2h00, neste momento só funcionam de manhã ao fim de semana e a semana têm que obrigatoriamente fechar mais cedo. Embora sintam mais pessoas do que era habitual da parte da manhã aos fins de semana, não é o suficiente para compensar as perdas.
Na opinião do empresário estas medidas não contribuem para a diminuição da propagação do coronavírus e defende que a restauração deveria ter trabalhado sempre nos horários habituais pois a aplicação da limitação de ocupação dos espaços seria uma medida suficiente para conter a propagação. Rogério refere que todos os seus clientes cumprem rigorosamente as regras de segurança e que inclusive se as mesas estiverem todas ocupadas já nem entram. Até ao dia de hoje desconhece que alguém tenha ficado infetado no seu espaço, nem clientes nem o staff.
Fica a esperança que após terminar a pandemia a “Baixa Tirsense” volte a ser o que era, cheia de vida e diversão.