O Bloco de Esquerda apresentou ontem a sua candidatura à União das Freguesias de Santo Tirso, Couto (Santa Cristina e São Miguel) e Burgães. Ana Isabel Silva, candidata à Câmara Municipal de Santo Tirso prestou declarações aos jornalistas no final da apresentação.
Candidaturas a mais freguesias: “Sim, claro que sim e eu tenho dito isto desde o início mesmo a uniões de freguesias às quais não consigamos concorrer iremos sempre ter um programa para elas porque estamos a concorrer à câmara e à assembleia e portanto temos que concorrer ao concelho como um todo. Mas sim nos próximos tempos poderão esperar o anúncio de mais candidaturas a outras uniões de freguesia”.
Obras no centro de Santo Tirso: “Eu acho também que há um outro aspeto que é, a maior parte das obras só vêm no ano quando há eleições autárquicas, isto é recorrente e continuamos sempre a cair nisto. Mas sim o que eu também disse no meu discurso é obviamente há outras freguesias que precisam dessas obras, aliás eu sou da União de Freguesias da Lama, Areias, Sequeirô e Palmeira e portanto sei o que é viver esse centralismo mas dentro da própria União de Freguesias aqui a que nós estamos a concorrer também existe o centralismo porque não vemos essas obras a serem feitas em Santa Cristina, em São Miguel, em Burgães e temos um investimento brutal de 3,3 milhões de euros quando praticamente todas as obras se centram no centro de Santo Tirso. Eu penso que o objetivo dessas obras é o correto que é garantir uma mobilidade urbana onde carros, pessoas possam conviver e para que as cidades não estejam centradas apenas na deslocação de carro e portanto essa mote é o correto, não é p correto é centrar-se apenas no centro de Santo Tirso quando todas as outras freguesias ou mesmo dentro da União de Freguesias necessitam tanto desses investimentos”.
Possível falhanço do resgate da concessão da água pública: “Se isso acontecer trata-se de uma medida completamente inaceitável. Como ainda há pouco disse o Bloco não vai aceitar essa solução. Como sabem o Bloco de Esquerda de Santo Tirso sempre se mostrou a favor dessa remunicipalização, desse resgate da água. Não andamos aqui em ziguezagues, ou a levantar para outro tipo de problemas, somos a favor da remunicipalização da água, é um valor muito elevado que temos que pagar, é, mas isso só mostra o quão errado foi terem feito essa concessão e o quão caro fica a longo prazo fazer essas concessões a privados. Mas o Bloco de Esquerda é a favor dessa remunicipalização. E essa remunicipalização foi anunciada pelo próprio presidente da câmara Alberto Costa como a maior medida do seu mandato e é algo que estaria concluído em 2022 ou 2023 e o Bloco não vai permitir que isso volte atrás foi algo anunciado aos Tirsenses e as palavras dos políticos Tirsenses têm de valer aqui em Santo Tirso e por isso um volte face completo daquilo que foi a decisão do presidente é completamente inaceitável, não vamos aceitar que isso aconteça”.
Município não assinalou a elevação de Santo Tirso à categoria de cidade nem celebrou o dia de São Bento: “Claro que sim, eu acho que tem havido uma falta de visão estratégica daquilo que tem sido a gestão, que tem sido uma gestão corrente da cidade. E nós vimos o ano passado durante o verão e este ano outros outros concelhos, até concelhos vizinhos que conseguiram manter essa atividade cultural, obviamente respeitando todas as regras de segurança mas não fazendo como se está a fazer que é este ano ignorando completamente a data ou o ano passado em que foi um formato completamente virtual e que teve pouca adesão dos Tirsenses. Eu acho que é preciso mudar essa estratégia com as festas São Bento obviamente e com animação cultural mas também noutros aspetos da cultura, nós vamos olhar para os planos diretores municipais, os PDM’s de outras cidades, aqui ao lado, a Maia, Famalicão, Trofa e todas elas respeitam aquilo que são os edifícios históricos da sua cidade. E Santo Tirso não faz e precisa de o fazer e aliás nós temos uma uma proposta que sabemos que a cultura não é só animação cultural e portanto temos a proposta de preservação do património em Santo Tirso nomeadamente o património que são os bairros operários, antigas fábricas têxteis e isso não tem sido feito e portanto na cultura temos muita coisa para melhorar”.