Diário de Santo Tirso

Ana Isabel Silva reuniu-se com a administração do Hospital de Santo Tirso e pede mais investimento

Imagem: Diário de Santo Tirso

A candidata à Câmara Municipal de Santo Tirso, Ana Isabel Silva, reuniu-se hoje com a administração do Hospital do Médio Ave, em Santo Tirso, juntamente com Moisés Ferreira, deputado na Assembleia da República. À saída respondeu a várias perguntas dos jornalistas.

Deficiências no Hospital de Santo Tirso: “Com este reunião percebemos duas grandes coisas. A primeira e acho que todos os portugueses e os tirsenses já perceberam, o serviço nacional de saúde foi fundamental para responder à pandemia e por isso agora no final desta pandemia é essencial que nós façamos um investimento certo. O que aconteceu no hospital de Santo Tirso, nós sabemos que houve uma tentativa de passagem para a Santa Casa da Misericórdia e o que aconteceu no tempo antes disso foi que houve claro desinvestimento nas infraestruturas o que depois justificaria a passagem para a Misericórdia. Essa passagem não aconteceu mas o desinvestimento já lá estava e portanto teve bastantes carências, agora temos um centro hospitalar que é constituído por Santo Tirso e por Famalicão em que algumas das valências, nomeadamente o ambulatório e a maior parte das cirurgias neste momento são feitas em ambulatório acontece aqui no hospital de Santo Tirso e depois no hospital de Famalicão temos o internamento cirúrgico e mais algumas valências. Na nossa perspetiva é importante que haja esta coordenação entre Santo Tirso e Famalicão o que não impede que seja necessário um grande investimento aqui em Santo Tirso”.

Papel da Câmara Municipal: “Atualmente já foi feito um novo acesso que todos conhecemos e houve um investimento por parte da câmara para que isso acontecesse e achamos que isso foi essencial. Até porque haverão obras agora como já referimos na parte da saúde mental, será feita uma nova construção e por isso esse acesso era mais do que necessário e foi importante que a câmara o tivesse feito”.

Pontos fundamentais: “Duas coisas que a Câmara Municipal tem de fazer na nossa perspetiva. A primeira relaciona-se com o transporte. Se nós assumimos que temos um centro hospitalar constituído por Santo Tirso e por Famalicão e que algumas valências existem em Santo Tirso e outras em Famalicão é essencial que haja uma rede de transportes para Santo Tirso, para Famalicão e para a Trofa. Para que qualquer utente que necessite de usar qualquer um destes hospitais tenha acesso a esse transporte. Isso é essencial e não está a acontecer. Os três presidente de Santo Tirso, de Famalicão e da Trofa têm de se juntar e de garantir que esse transporte acontece. Se os outros presidentes de câmara não o quiserem fazer, Santo Tirso tem de garantir que todos os Tirsenses que precisam de ir a Famalicão ou que precisam de vir a este hospital têm esse transporte assegurado. Outra coisa que também discutimos na reunião e que nos preocupa é os transportes não urgentes do hospital eram assegurados pelos bombeiros da Trofa, também já tivemos os bombeiros de Santo Tirso e neste momento houve a abertura de um concurso e apenas os bombeiros de Famalicão vão assumir esse transporte até ao final do ano. Isto porque os bombeiros em Santo Tirso não sentem que têm essa capacidade de fazer esse transporte. E isso é porque não têm o investimento necessário e a Câmara Municipal de Santo Tirso faz um investimento muito mais baixo nos seus bombeiros do que por exemplo a Câmara Municipal de Famalicão e achamos que é necessário um investimento e uma coordenação da Câmara Municipal com os bombeiros para que este transporte seja assegurado e para que os bombeiros tenham capacidade de responder à população”.

Proximidade das pessoas com o SNS: “Em primeiro lugar acho que precisa, e a câmara e as juntas de freguesia aliás tem um papel muito importante nessa proximidade, em explicar à população que valências é que existem, como é que elas conseguem usar o serviço nacional de saúde e apoiar a população no uso destes serviços. E depois também percebermos que o hospital de Santo Tirso não tem todas as valências necessárias para a população e que muitas delas serão asseguradas em Famalicão e essa proximidade só é feita através de informação garantida pela câmara e pelas juntas de freguesia e por transportes, os transportes são essenciais e nós precisamos de maior rede de transportes em Santo Tirso, poderemos também fazer o uso de transporte a pedido, para que pessoas em horários específicos que se tenham de deslocar a qualquer um dos hospitais tenham acesso a ele”.


(áudio gentilmente cedido pelo Jornal O Cordovense)

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