A candidata à Câmara Municipal de Santo Tirso, Ana Isabel Silva pediu “maior exigência e escrutínio de quem os representa” referindo-se concretamente ao facto das reuniões e assembleias municipais não serem transmitidas via internet: “Durante muitos anos assumimos como normal não ter acesso ao que foi votado nas reuniões e assembleias municipais e não escrutinar os documentos e as decisões. Ainda na última Assembleia Municipal a discussão em cima da mesa era se passava a transmitir as assembleias. Respondiam os eleitos do Partido Socialista que talvez não fosse possível por razões técnicas. Isso é uma falácia, tantos conselhos por este país conseguem e fazem. O que nós dizemos é que não se tratam de decisões técnicas. Trata-se de escolhas e nós temos a certeza que usaremos todos os votos para garantir que essas escolhas apareçam e sirvam a população. Não contem com uma oposição quieta e calada. Faremos as propostas necessárias e estaremos sempre ao lado das propostas sérias”.
A proposta para transmissão em direto das reuniões dos órgãos do município partiu de José Pedro Miranda, da bancada do PSD/CDS, na última Assembleia Municipal. “Nos dias de hoje, por todo o país, é usual efetuarem-se gravações e transmissões das sessões dos Órgãos do Município, nomeadamente das Assembleias Municipais, tendo em conta o caráter público das sessões deste órgão deliberativo”, referiu o deputado social democrata, há cerca de duas semanas atrás.
Foi o Presidente da Assembleia Municipal, Rui Ribeiro, quem respondeu à proposta de José Pedro Miranda, dizendo que a proposta teria que ser analisada e sugeriu que a votação fosse feita na próxima assembleia para que os deputados municipais ficassem informados sobre todas questões legais porque será um processo complexo, no seu entender. Rui Ribeiro referiu também que as sessões são públicas e que a sala até estava cheia, respondendo José Pedro Miranda que a questão não é ter a assembleia aberta a algumas dezenas de pessoas mas sim tornar pública a 70 mil munícipes.