A candidata à Câmara Municipal de Santo Tirso pelo Bloco de Esquerda esteve ontem em visita ao Núcleo de Karaté e Atletismo de Roriz ouvindo principais preocupações dos seus responsáveis.
Trabalho no terreno: “Eu acho que há uma coisa muito importante para se perceber nesta candidatura porque nós estamos a votar para um presidente de câmara mas estamos também a votar para a representatividade que nós queremos e o Bloco de Esquerda obviamente assume que essa vitória será muito difícil mas não é um tudo ou nada e portanto o que nós queremos é essa representatividade na Assembleia Municipal seja na vereação porque temos dois boletins de voto para a câmara e para a assembleia e também voltar a trazer a importância da Assembleia Municipal que é uma democracia representativa e nós agora temos reunido com várias associações nomeadamente o desporto”.
Problemas no desporto em Santo Tirso: “O desporto sofre de uma grande falta de financiamento e nunca é uma prioridade para nenhum executivo mas nós percebemos com esta pandemia é que é extremamente importante tanto para a saúde física como para a saúde mental e o que nós neste momento estamos a falar é de desporto de formação, é para que as crianças consigam ter todas as condições, para terem todos os acessos e todos os serviços disponíveis. Viemos hoje aqui Roriz porque o desporto não se realiza apenas no centro da cidade e termos numa freguesia tão afastada do centro como Roriz um núcleo de onde saiu por exemplo a Sara Moreira é de extrema importância tanto de karaté como de atletismo porque garante realmente que o desporto é democrático, que chega a todas as crianças independentemente do sítio onde vivem. Esta descentralização do desporto é fundamental. Agora estas associações dependem muito daquilo que é o apoio da câmara e elas têm que concorrer a esse apoio com um projeto, um projeto de formação e muitas vezes aquilo que lhes é dado não chega nem a 10 por cento daquilo que é que é necessário e portanto o desporto precisa de um orçamento muito maior e o executivo precisa de olhar para o desporto e para o desporto de formação como uma prioridade. E para além do desporto de formação que o desporto chegue a todas as idades e que chegue a todas as capacidades físicas de toda a gente para que possa ser uma realidade na vida de toda a gente porque traz benefícios físicos e mentais tão importantes”.
Investimento no desporto: “Eu acho que há aqui várias necessidades, uma delas é óbvia e o António já falou que são as infraestruturas. Nós não defendemos apenas a política do betão e do cimento mas a verdade é que no desporto nós temos esta carência, nós precisamos de mais investimento nas infraestruturas. Depois precisamos de garantir que há uma uma captação agora de muitos jovens porque a verdade é que durante a pandemia muitos saíram e muitos não vão voltar e nós vamos ver essas consequências na geração no futuro próximo e depois para a manutenção diária destas destas associações eu acho que nós falamos de muitas vezes de grandes investimentos e eles são necessários como já referi nas infraestruturas por exemplo mas também precisamos de garantir que estas associações não deixam de fazer torneios ou não deixam de receber crianças por não terem dinheiro e principalmente garantir que todas as crianças independentemente da sua condição económica tenham acesso a qualquer tipo de desporto e isso consegue-se com grandes investimentos mas também com um investimento corrente naquilo que é o orçamento do desporto. Quando nós falamos que vem 5 milhões que vem muito dinheiro para o desporto normalmente estamos a falar de fundos comunitários ou de fundos do governo e isso e tem a sua importância a sua relevância obviamente mas o executivo só poderá dizer que é uma grande prioridade para si se vier do seu próprio orçamento e a câmara tem capacidade para do seu próprio orçamento ter mais dinheiro para o desporto”.
Pavilhão em Roriz: É verdade que usam muitas vezes os pavilhões das escolas mas é possível mesmo durante durante a pandemia, eu percebo a dificuldade mas mas continua a ser possível aliás temos muitos exemplos de associações que já neste momento usam os pavilhões das escolas, outras não estão a deixar mas eu acho que essa mediação deve ser necessária. Agora sim, claro que é necessária a construção de mais pavilhões e eu acho que era importante uma reunião com todas as associações para perceber exatamente qual seria o espaço a ser ser construído e garantir que é construído e depois rentabilizado ao máximo. Mas sim, nós temos uma grande carência de infra estruturas, vai-se usando as juntas de freguesia vai se usando as escolas mas também essa é uma das poucas maneiras de garantir que estas freguesias, estão longe do centro, conseguem ter porque é impossível fazer um pavilhão um em cada freguesia mas realmente garantir que os espaços públicos para que estes desportos consigam ser realizados”.