A candidata à Câmara Municipal de Santo Tirso pelo Bloco de Esquerda, Ana Isabel Silva, visitou os Bombeiros Voluntários de Santo Tirso (vermelhos). No final da visita prestou declarações aos jornalistas.
Balanço da visita: “Viemos visitar este espaço dos Bombeiros Voluntários e reunir com a sua direção. Foi muito positivo a reunião em si mas fazemos um balanço um pouco negativo do que tem sido a visão do poder autárquico sobre os bombeiros aqui no nosso concelho”.
Parentes pobres das associações: “Os bombeiros são os parentes pobres em Santo Tirso e no país porque Portugal é dos países com mais uso de voluntariado naquilo que é a atividade de bombeiro, tem pouca profissionalização mas olhando para aquilo que é a atividade voluntária é verdade que recebe muito pouco apoio. Nós quando falamos de bombeiros nós falamos de um serviço essencial e completamente indispensável, é aquilo que nos ajuda, que nos salva quando temos um acidente, quando aqui em Santo Tirso temos incêndios, porque temos uma zona muito florestal e portanto a atividade dos bombeiros é essencial e é essencial apoia-la. É apoiado a nível nacional, é insuficiente esse apoio mas os municípios aqui podem ter um papel de contrabalanço aquilo que é o apoio insuficiente a nível nacional. Infelizmente as câmaras não têm obrigação de apoiar aquilo que são as corporações de bombeiros, obviamente que devem fazê-lo, Santo Tirso faz e podia fazer mais. Eu acho que se deve olhar para aquilo que se quer no concelho e isto não é uma questão estratégica, não é uma escolha de prioridades. Esta tem que ser a grande prioridade porque é aquilo que salva vidas e portanto é preciso mais investimento, é também preciso perceber como é que esse investimento é feito, tem variado ao longo ao longo dos anos e não podemos continuar a permitir que sempre que é preciso comprar uma nova ambulância, sempre que é preciso comprar o que quer que seja ou que seja preciso arranjar alguma coisa que seja muito tudo feito à pressa e com o voluntariado e com a ajuda de uma ou outra pessoa. Não, a câmara municipal tem que ter esse papel e as corporações de bombeiros têm que ver na Câmara Municipal um parceiro que os acompanhe, que seja fiável e que saiba, e independentemente daquilo que for mudando na Câmara Municipal, no poder autárquico os bombeiros saberem que podem contar com o poder municipal”
Transporte de doentes não urgentes: “Ainda ainda sobre o hospital e até relacionando aqui com os bombeiros uma coisa que nos preocupa e que nós até já falamos depois da visita ao hospital é o facto de apenas os bombeiros famalicenses terem respondido ao último concurso do Hospital de Santo Tirso para fazerem o transporte entre hospitais. Já foi assegurado pelos Bombeiros Voluntários Tirsenses e pelos Bombeiros de Santo Tirso e os bombeiros deixaram de fazer esse serviço ao hospital. Eu acho que também é preciso perceber porquê, o que é que está a acontecer entre a relação dos bombeiros e o centro hospitalar, a administração do hospital e a administração claramente não está a cumprir com aquilo que são as bases mínimas de apoio aos bombeiros e portanto eles não têm essa capacidade. Apesar de todas as corporações de bombeiros em Santo Tirso obviamente terem o gosto de fazerem esse transporte e acho que os tirsenses também têm esse gosto de serem transportados pelos bombeiros da sua cidade e não estão a ser respeitados pela administração do centro hospitalar e é preciso também percebermos porquê e atuar nisso e perceber que os bombeiros têm toda todo o gosto em fazer esse transporte simplesmente não estão não estão a ser respeitados”.
Possibilidade de construção de novo hospital em Famalicão: “Isso foi proposto pelo candidato do Partido Socialista à Câmara de Vila Nova de Famalicão, a ideia dele é concorrer aos fundos do PPR para construir esse novo hospital. Estamos agora também a conversar com a concelhia do Bloco de Esquerda de Famalicão para percebermos exatamente do que se trata. Acho que durante muitos anos temos visto um desinvestimento naquilo que é o Hospital de Santo Tirso e portanto a perda de valências e a sua transferência para o Hospital de Famalicão mas achamos que em Santo Tirso há justificação para ter mais valências e para ter uma maior resposta do Hospital de Santo Tirso e portanto este centro hospitalar vai ter que ser revisto em termos das suas valências e vamos perceber exatamente a que é que se refere a construção de um novo hospital. Mas se há fundos para a saúde, Santo Tirso também terá de concorrer e não podemos deixar que esta transferência de valências seja continuamente para Famalicão até porque como já referi há escassez de transporte para a unidade de Famalicão e portanto as pessoas ficam sem acesso a esses serviços e não podemos deixar que isso aconteça”.