A candidata à Câmara Municipal de Santo Tirso, Ana Isabel Silva, visitou hoje a Associação dos Amigos dos Animais de Santo Tirso, no dia em que faz um ano que aconteceu a tragédia no canil da Agrela. No final prestou declarações aos jornalistas.
Maiores dificuldades da ASAAST: “Visitamos aqui ASAAST, somos sempre fui muito bem recebido nesta associação, já tínhamos visitado várias vezes até antes do incêndio e na altura do incêndio. Vocês conseguiram ver a dificuldade de acesso que é chegar a esta associação e portanto a Câmara Municipal e o presidente que tanto fala de acabar com a estradas em terra que acabe primeiro com esta porque precisamos de muito deste acesso. Depois temos também a condição florestal que temos aqui à volta com terrenos da junta e que o próprio bloco também na altura pressionou para que acontecesse a limpeza e foi preciso ter acontecido o incêndio na Agrela para que a Câmara Municipal olhasse para este problema. Mas essa limpeza nessa altura aconteceu mas de resto continua tudo igual. Esta associação tem ido também buscar animais ao canil municipal quando o canil deixa de ter deixa de ter a lotação. Esses animais que vêm para a saúde contam com uma adoção e portanto a Câmara congratula-se de ter um número muito elevado de cães e gatos adotados mas quase metade vem para aqui e deixa de ser responsabilidade da câmara, passa a ser responsabilidade desta associação mas não há qualquer protocolo, qualquer acordo com esta associação, este é um problema que se arrastava há muito tempo e num ano nada foi feito em relação a isso, aliás esta associação nem sequer tem saneamento, a Câmara começa a abrir alguma possibilidade de ajudar a associação nesse sentido mas tivemos um ano em que esta associação continuou sem saneamento, continuou sem acordo com a Câmara Municipal e continuamos sem nenhuma estratégia autárquica para a causa animal e para o bem estar animal e por isso também é que apresentamos António Soares candidato à Assembleia Municipal que foi um dos organizadores da vigília porque percebemos que é preciso pessoas as novas gerações e pessoas preocupadas com esta causa animal para finalmente levar estes problemas para a Assembleia Municipal”.
Tragédia na Agrela: “Faz hoje um ano que aconteceu esse incêndio e o que ele nos mostrou foi duas grandes coisas. A primeira uma completa falta de humanidade e de empatia por parte do Executivo e da Proteção Civil para não salvar aqueles animais. Sabemos agora que muitas das mortes, morreram mais de 70 animais e muitas dessas mortes tinham sido evitáveis caso os bombeiros pudessem ter feito o salvamento desses animais. E depois há também a parte política, a atuação que é todo executivo sabia e o veterinário municipal sabia da existência daquele canil ilegal e não faziam nada pelo simples facto de não quererem criar nenhuma alternativa para aqueles animais. E o que nós sabemos agora é que muitos dos animais que estavam nesse canil ilegal na Agrela eram animais que eram entregues pela câmara que estavam no próprio canil municipal. E portanto a Câmara Municipal desresponsabilizou-se daquilo que era o bem estar animal e do que uma autarquia deve fazer e foi a própria câmara que colocou esses animais nesse canil ilegal por não ter mais capacidade no seu canil municipal e nós sabemos que os animais não sofreram apenas pelos incêndios, muitos dos animais que foram salvos não tinham feridas apenas pelos incêndios eram animais muito maltratados e por isso a Câmara Municipal sabia que os estava a par numa condição desumana, numa condição em que eles estavam estavam maltratados”.
Pelouro da área animal retirado a José Pedro Machado: O que nós quisemos agora com esta reunião e esta visita passado um ano foi perceber politicamente o que é que se alterou. Nós depois do incêndio vimos como falava a Maria Manuel e bem um passa culpas de todos os agentes políticos e o que aconteceu foi que o vereador José Pedro Machado o vereador da Proteção Civil tinha também o pelouro do bem estar animal e o que o presidente da câmara Alberto Costa fez foi retirar-lhe esse pelouro para passar passar para si próprio. Nós na altura achamos inaceitável que o presidente tenha assumido que o vereador José Pedro Machado não tenha conseguido lidar com este pelouro e lhe tenha tirado mas o vereador José Pedro Machado continuou como vereador e portanto não se consegue perceber. Mas a verdade é que mesmo esta mudança de pelouro não resolveu nada a nível da causa animal na autarquia. Nós continuamos a ter uma associação com mais animais recebeu depois do incêndio aliás recebeu mais animais do que o próprio canil municipal”.
O que fazer para melhorar as condições da ASAAST: “Começaria primeiro por resolver os acessos a esta associação, por garantir que tem o saneamento necessário e para tratar de todas as burocracias para a legalizar. Depois assumindo que o canil municipal não tem capacidade para recolher todos os animais é essencial que todos os animais que vêm para aqui com esta excelente vontade dos voluntários que haja um acordo escrito com apoio tanto de ração, como de material, como monetário para garantir que esta associação não vive apenas da boa vontade dos voluntários e dos tirsenses mas sim que tenham o apoio necessário da Câmara Municipal e depois também apoiar as famílias quando elas fazem a adoção ou quando tenham os seus animais para garantir que têm acesso a cuidados veterinários. Fala-se da possibilidade de um hospital público veterinário temos alguns cheques de veterinário e portanto a câmara tem de olhar para este problema e tomar como sua a causa animal e ter essa sensibilidade e o que achamos é que não tem qualquer interesse nisso.
Responsabilidades do Município: “Vamos ver o que o presidente Alberto Costa faz hoje, se relembra este caso e se mostra quais são as suas prioridades. Ele apresentou sua candidatura na sexta feira e não teve nenhuma referência no seu discurso neste caso. E a verdade é que foi um caso muito mau mas eu acho que pior ainda é não aprendermos nada com ele. Então o presidente Alberto Costa vai tentar passar este dia em limpo, não vai dizer absolutamente nada a ver se passa e depois se volta a campanha habitual e tem que dizer e tem que dizer o que é que vai mudar a partir de agora o que é que mudou no último ano se é que mudou alguma coisa e o que é que aprendeu com este incidente porque temos mesmo de aprender alguma coisa”.