Balanço da reunião: “Temos feito várias reuniões com associações, desta vez com uma Associação Cultural porque uma das nossas prioridades da campanha e da candidatura também é a cultura. Como sabemos a cultura é muito parca em Santo Tirso e portanto precisamos de mais atividades culturais e para isso precisamos de apoiar estas associações”.
Políticas na área da cultura: “Em relação à cultura acho que há vários aspetos fundamentais. A primeira prende-se com a construção de um anfiteatro, de um cineteatro que há muitos anos tem vindo a ser prometido e isso é essencial para que consigamos ter programação consistente na nossa cidade e para que tenhamos também animação cultural. Mas a cultura não é só animação cultural, é também a preservação do património e a preservação da memória e da história Tirsense. E falamos muito disso e relembro que o Bloco de Esquerda tem um projeto para se instalar o roteiro do Vale do Ave com as fábricas abandonadas para que consigamos documentar aquilo que é a nossa história têxtil, aquilo que foi a luta dos trabalhadores têxtil e de toda a história que foi feita por estes trabalhadores e por estes operários. Isto também é cultura, infelizmente tem faltado muito em Santo Tirso porque ainda não conseguimos olhar para a nossa história do ponto de vista operário, olhamos sempre os grandes industriais e essas empresas tiveram uma grande importância na nossa região mas precisamos de ir buscar a memória daquilo que foram os trabalhadores porque entretanto essa memória irá desaparecer pois também temos fábricas abandonadas que têm ainda por exemplo material que possamos colocar em museus e que tenhamos de preservar e é essencial que se faça essa recolha”.
Apoios das associações culturais: “Eles têm algum apoio mas obviamente com a pandemia muitas das suas atividades foram canceladas e portanto isso teve um efeito muito mau naquilo que era a sua atividade. São pessoas que muitas ou fazem só isto ou que tenham outros empregos e portanto isso assim vai-se mantendo. Eu acho que é essencial percebermos com a pandemia perdeu-se muito daquilo que era a cultura e o hábito de ir essas atividades e que quando abrirmos e infelizmente agora estamos numa situação muito complicada mas quando abrirmos precisamos desse investimento na cultura e uma coisa que eu acho que também é importante que normalmente fazem-se esses grandes eventos culturais ou faz-se durante pouco tempo algum investimento na cultura e depois não é o retorno das pessoas lá irem. Mas precisamos ter uma visão a longo prazo daquilo que queremos em relação à cultura para Santo Tirso e percebermos que isto é um caminho que vai ser longo mas que temos mesmo de ganhar este hábito de cultura e isso só se faz com uma visão política a longo prazo”.