Jorge Castro foi hoje apresentado como candidato da CDU à Junta de Freguesia de Vila Nova do Campo.
Projetos para Vila Nova do Campo: “O projeto primordial que foi até agora dito é logo que terminem as eleições, caso seja eleito ou não seja eleito, é tentar mudar o nome das freguesias, esse é o meu principal objetivo. Agora o programa está a ser preparado ao pormenor estamos a ver o que é preciso e que é mais importante nestas freguesias e vamos preparar o programa como deve ser porque estamos a ver que isto está cada vez pior, estamos a ver os bancos a desaparecer, isto é sinónimo de falta de desenvolvimento das freguesias, tínhamos três bancos, agora temos dois e as pessoas, sinto muita tristeza aqui também, há pouco bairrismo, tiraram o nome à nossa terra e isso está a prejudicar muito a nossa vila”.
Discriminação das outras freguesias relativamente a São Martinho do Campo: “Em parte, claro, eles têm que se deslocar, não têm proximidade, tanto Salvador como São Mamede ficam bastante distantes, às vezes têm que andar cinco ou seis quilómetrospara vir à junta tratar de qualquer assunto. É mais uma luta que nós queremos proximidade, fala-se muito de proximidade e é isso que nós queremos é a proximidade com os cidadãos e portanto para ter proximidade não podemos ter uma junta a seis quilómetros do cidadão. E é por isso a nossa razão primordial é essa, é tentar voltar que seja tudo como foi antes e como queria o PCP queria, a proposta que não foi aprovada pelo PCP que na altura era para voltar tudo como era, que não foi aprovada, foi aprovada uma nova lei, em parte, São Martinho do Campo tem os requisitos que permite voltarmos a ser São Martinho do Campo e vamos lutar por isso desde o primeiro momento”.
Objetivos da população: “Tem muita gente, eles não dão a cara mas tenho tido muitos apoios, nem quiseram fazer parte da lista mas que me estão a apoiar. As pessoas têm um pouco de medo de dar a cara, não sei se é por causa do partido mas reconheço que tenho muitas pessoas que têm muitos problemas, não podem por exemplo, vão fazer uma viagem não podem por exemplo pôr nas redes sociais como toda a gente porque tem medo de perder o emprego, a precariedade é grande e as pessoas têm um certo medo, é uma liberdade falsa que as pessoas têm, ainda lutamos contra isso. Nós temos esse lema, nós lutamos também contra isso, é que faz parte desta força política”.
Vontade da população para desagregação da freguesia: “Eu acho que tem e o que me deixa mais indignado é o próprio executivo não ter essa vontade como está a ter outras uniões. Há muitas uniões de freguesias que já estão os próprios executivos a lutar há muito e eu não vejo vontade política aqui nestes órgãos executivos de andar com isso para a frente. Agora vamos ver depois das eleições mas se eles não andarem vai andar o povo e a pandemia já nos dificultou muito a vida, nós tínhamos outras formas de luta na altura que apareceu a pandemia, já tínhamos várias iniciativas para fazer em prol da reposição da freguesia só que a pandemia como sabem não deixou mas agora vamos continuar e esta candidatura era importante ter um representante lá para começar a dar vida a este processo de desintegração da freguesia”.
Posição do Presidente da Junta relativamente à desagregação: “Esta posição é clara de ver acho eu. Há interesses instalados certamente porque na altura era uma coisa agora É outra que quando se fala desse assunto eles vêm sempre com a história do costume, isto é na mesma São Martinho do Campo, agora é uma povoação. Isto não é São Martinho do Campo, tiraram-nos o nosso nome, tiraram-nos o nosso brazão, eles tiraram-nos tudo, isto não é como era dantes nem nunca vai ser mesmo para as gerações futuras, eles diziam que mudava mas não. Eu fui renovar o cartão de cidadão e o que me disseram? Você sabe que agora não é São Martinho do Campo, você agora é de Vila Nova do Campo. Eles andam a esconder o sol com a peneira, mas nós estamos atentos, nós sabemos perfeitamente que não é o que era e as próprias pessoas entendem. Só que é como eu digo, as pessoas têm um certo receio e depois com o poder que está instalado vai ser muito difícil mas creio que o povo vai aderir em massa quando chegar à altura da luta”.